quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Método Halliwick traz independência na água


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A hidroterapia é um recurso fisioterapêutico importante para a reabilitação e/ou prevenção de alterações funcionais, tendo como princípio os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos promovidos pela imersão do corpo em piscina aquecida. As propriedades físicas e o aquecimento da água desempenham um papel vantajoso na melhoria e na manutenção da amplitude de movimento das articulações, do relaxamento e na redução da tensão muscular

O Halliwick tem como premissa básica a teoria de que nenhuma informação pertence exclusivamente a apenas uma profissão. Esse método é multidisciplinar, pois reúne informações a partir de muitas áreas de conhecimento, sendo utilizado para ensinar pessoas com incapacidades físico-mentais a nadar; combina conceitos da mecânica dos líquidos, neurofisiologia, psicologia, pedagogia e dinâmica de grupo (CUNNINGHAM, 2000).

    Para Sacchell e Accacio (2007b), o principal objetivo desse método é proporcionar momentos de inteira independência no ambiente aquático. Pode ser utilizado em qualquer pessoa que apresente dificuldades físicas ou de aprendizado. A terapia deve enfatizar as habilidades do paciente e não suas limitações.

Ainda de acordo com as autoras, o Halliwick é constituído pelo Programa de Dez Pontos, que envolve a aprendizagem psicomotora, ajuste mental, restauração do equilíbrio, inibição e facilitação. Atualmente, o programa é constituído de onze pontos, pois na década de 90 foi incluída a rotação sagital, mas continua sendo conhecido pela denominação original.

O Programa de Dez Pontos baseia-se em:

a) ajustamento mental: o paciente terá a capacidade de responder de forma apropriada a um meio diferente ou uma situação diferente, sendo importante, durante o exercício, o aprendizado do controle respiratório;
b) desprendimento: o paciente torna-se física e mentalmente independente;
c) controle de rotação sagital;
d) controle de rotação transversal;
e) controle de rotação longitudinal;
f) controle de rotação combinada;
g) inversão mental: o paciente deve acreditar que a água irá lhe sustentar, impedindo que afunde;
h) equilíbrio em repouso;
i) deslizamento turbulento; o terapeuta movimenta o paciente sem que haja contanto entre os mesmos;
j) progressão simples e movimento básico.

O método parte do princípio de que todos nós, deficientes ou não, temos a capacidade de nos tornarmos independentes na água. Por isso desde a primeira sessão, os alunos ou pacientes são chamados de nadadores.

Os nadadores são ensinados em uma relação de um instrutor para cada paciente até que a independência completa seja alcançada. O par instrutor-nadador se torna uma unidade dentro das atividades do grupo assim o nadador tem as vantagens da interação social com os outros nadadores ao mesmo tempo que tem a atenção permanente do seu instrutor. Através de jogos próprios para sua idade e habilidade, grupos são orientados sobre as propriedades da água e como controlar seu equilíbrio.

O manuseio correto do nadador pelo instrutor permite que estes experimentem uma mobilidade desconhecida em solo. Após os primeiros estágios de ajuste mental e quando os princípios básicos de equilíbrio são aprendidos, os nadadores chegam a um estágio de desprendimento em relação ao instrutor e assim experimentará pela primeira vez uma independência completa de movimento.

Os nadadores são ensinados a manter uma posição de respiração segura, a como chegar a uma posição segura se necessário e a controlar a expiração quando a face estiver submersa.




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